Um dos representativos nomes da arte do século XX, oriundo da Europa Central, Jiří Kolář, (Protivín, 1914 –Praga, 2002) ganha a primeira exposição individual no Brasil. O artista tcheco, que também se notabilizou como poeta, escritor e tradutor, foi um dos premiados da 10ª Bienal de São Paulo (1969), conhecida como “Bienal do Boicote”. Kolář esteve ainda, ao lado do alemão Joseph Beuys e dos brasileiros Hélio Oiticica, Lygia Clark, Cildo Meireles, entre outros, na coletiva Além dos Preceitos: a experiência dos anos sessenta, que aconteceu no Paço Imperial RJ e no MAM SP (2001/2002).
Cerca de 70 colagens podem ser vistas nesta exposição. Em seus trabalhos, o artista, perseguido pelo regime comunista em seu país, empregou diferentes técnicas e materiais. Há obras que utilizam reproduções de revistas, xilogravuras e páginas de livros. A obra de Jiří Kolář foi apreciada, desde a primeira metade dos anos 1960, em países como França, Alemanha, Itália e Estados Unidos, onde foram organizadas exposições em instituições prestigiadas e editadas grandes monografias. Na Tchecoslováquia totalitária havia silêncio – não havia exposições, tampouco era possível adquirir obras para coleções oficiais. Tanto seus trabalhos quanto os de outros artistas – tchecos e estrangeiros – que o próprio Kolář possuía, foram apreendidos pelo Estado após sua saída forçada da Tchecoslováquia e entregues à Galeria Nacional em Praga.
“AS DESCOBERTAS DE JIŘÍ KOLÁŘ: COLAGEM E EXPERIMENTAÇÃO”
QUANDO: Até 02 de abril de 2017. De terça a domingo das 11h às 20h.
ONDE: Instituto Tomie Ohtake – Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés, 88), Pinheiros – São Paulo- SP. CEP 05426-100. Tel. 2245-1900.
QUANTO: Gratuito.